RIACHUELO

O IPTU, OS VEREADORES E A CONTRADIÇÃO DA PREFEITA









No último dia 11 a Câmara Municipal reprovou o Projeto de Lei encaminhado pelo Executivo que implantaria o novo código tributário de Riachuelo. Por sete votos a zero o projeto da prefeita Mara Cavalcanti foi rejeitado pelos vereadores, inclusive, pelo seu líder no Legislativo, o vereador Jânio Azevedo, e por Ângelo Moura, vereador também da sua bancada.

Esse foi o desfecho de uma novela que iniciou em dezembro passado, com a chegada do Projeto na Casa com pedido de urgência, dando apenas cinco dias para apreciação e votação pelos edis. 

Com o fato ficou evidente o despreparo da gestão municipal quando quis aprovar a toque de caixa uma Lei tão polêmica que mexe na economia local e interfere na renda das famílias. 

Agindo com responsabilidade, os vereadores da oposição não acataram o pedido de urgência e optaram seguir todos os trâmites regimentais para votar o Projeto. Até uma audiência pública foi promovida a pedido da oposição para discutir a nova Lei com a sociedade, no entanto, a prefeita levou falta na reunião. 

Contrariada com a derrota do seu projeto no plenário da Câmara, a prefeita Mara Cavalcanti usou os microfones da Rádio Web São Paulo do Potengi e em tom raivoso, acusou a oposição de estar fazendo politicagem, declarou que os vereadores levam o tempo nas calçadas e que fizeram da Câmara um circo e o plenário de picadeiro, durante a votação do Projeto de Lei. Ora, parece evidente que a prefeita caiu em contradição quando criticou ferozmente os vereadores pela reprovação do novo IPTU. 

Partiu dela a ideia de implantar um novo código de impostos para Riachuelo, no entanto, não houve por parte da sua Gestão a iniciativa de explicar ao povo os detalhes do Projeto. Muito pelo contrário, a prefeita fugiu do debate popular quando faltou a Audiência Pública. 


E o pior, informações dão conta que no momento em que acontecia a tão importante Audiência, Mara Cavalcanti, estava realizando atividade física próximo a sua residência, o que demonstra descaso com os vereadores e com a população que esperavam sua explicações na Audiência Pública. 


A verdade é que a prefeita sabe que essa Lei é anti-popular, pois taxa do vendedor de feijão verde até o maior comerciante local, e planejou para que a Câmara votasse as pressas um Projeto do seu interesse, fazendo dos vereadores bodes expiratórios para não carregar sozinha nas costas o desgaste político caso a Lei fosse aprovada. 


Só que a manobra não colou. Os vereadores, com respaldo da maioria dos riachuelenses, acabaram com o sonho da prefeita de aumentar a sua arrecadação, reprovando o novo código tributário.

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